Empossado há cinco dias, Queiroga tem feito a defesa do uso de máscaras de proteção e tem pedido que pessoas evitem aglomerações
Foto: Anderson Riedel/PR |
Recém-chegado ao comando do Ministério da Saúde, o médico Marcelo Queirogatem trabalhado durante o fim de semana na organização da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Pandemia. Essa equipe irá concentrar as ações sobre o combate à crise de covid-19 dentro do ministério. "Ação prioritária", disse o ministro ao Broadcast Político, sobre a secretaria. "Durante a pandemia, teremos um núcleo dedicado."
Queiroga disse ainda não ter definido o nome para o comando dessa secretaria. O núcleo irá atuar como uma ação complementar ao trabalho do comitê criado pelo presidente Jair Bolsonaro com demais poderes da República para o enfrentamento à crise, grupo que deve ter sua primeira reunião oficial nesta segunda-feira, 29. "No momento, a prioridade é o combate à pandemia", disse o ministro. Quando do anúncio do novo departamento, na última quarta-feira, 24, Queiroga destacou que a área vai funcionar 24 horas por dia. "Sociedade requer que ministério fique de prontidão", destacou.
Na segunda, Queiroga também participa de audiência pública, às 16h, no Congresso, na comissão temporária criada para acompanhar as ações contra a covid-19. Os parlamentares querem debater o Plano Nacional de Imunização e o cumprimento dos prazos já estabelecidos, entre outras medidas, e devem fazer uma série de questionamentos ao ministro. "O complexo é enfrentar a pandemia e o Congresso Nacional tem sido importante", disse Queiroga sobre o evento.
Durante o fim de semana, o médico aproveitou também para pôr em prática uma determinação de Bolsonaro sobre aumentar a interlocução do Ministério da Saúde com as demais pastas do governo. No sábado ele se reuniu, por videoconferência, com Paulo Guedes, momentos antes do ministro da Economia ser vacinado, e definiu a conversa como "ótima".
Empossado há cinco dias, Queiroga tem feito a defesa do uso de máscaras de proteção e tem pedido que pessoas evitem aglomerações, um sinal de mudança de postura do governo, enquanto o Brasil passa a bater recordes diários com mais de 3 mil pessoas mortas a cada 24 horas pela covid-19.
"As máscaras ajudam a bloquear a circulação do vírus. Se todos usassem máscaras, o efeito seria semelhante ao de vacinar a população do nosso país", disse em vídeo publicado em seu perfil no Instagram no sábado, 27. Na sexta-feira, 26, durante anúncio do desenvolvimento de uma vacina brasileira contra covid-19, ao lado do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, Queiroga tentou cunhar um slogan. "Na época da Copa do Mundo, chamamos de pátria da chuteira. Agora, é pátria de máscara", disse.
Ainda na sexta-feira, 26, após o Estadão mostrar a preocupação de funcionários com o descaso com os protocolos de proteção contra a covid-19 dentro do próprio Ministério da Saúde, o novo ministro determinou o uso de máscaras nas dependências da pasta. A medida foi anunciada por ele durante reunião com governadores. Queiroga disse que "estranhou" flagrar servidores sem o equipamento no órgão que justamente elabora e fiscaliza o enfrentamento da pandemia. (Estadão Conteúdo)
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