"O que já é grave, pode ficar muito pior", diz Wellington Dias para IstoÉ

O governador Wellington Dias reuniu seus colegas para comprar mais vacinas
Foto: João Albert
Presidente do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT), governador do Piauí, tem acumulado nos últimos meses tarefas que ultrapassam as obrigações dadas aos governadores de estado. A fim de evitar o colapso total na saúde pública do País devido à pandemia, Dias e outros governadores partiram para a linha de frente no enfrentamento do caos sanitário, buscando negociações com outros países e empresas para a aquisição de mais doses de vacinas, uma tarefa que deveria caber ao Ministério da Saúde, mas, que, sob comando de Eduardo Pazuello, um mero cumpridor de ordens de Bolsonaro, não tem dado respostas satisfatórias aos gestores estaduais. Os governadores esperam que suas ações possam contornar as dificuldades, em um momento que a Covid atinge o auge da crise no País, em que já acumula mais de 260 mil mortos, tornando-se o maior em número de mortes diárias no mundo.

“Os governadores resolveram arregaçar as mangas para evitar que a gravíssima situação dos nossos hospitais se alastre: corremos um risco real de colapso na rede hospitalar”, disse Wellington Dias à ISTOÉ.

Os governadores redigiram uma carta criticando as mentiras ditas por Bolsonaro. O que os senhores consideram mais grave na fala do presidente?

Estamos em um momento em que, independentemente das diferenças e das disputas eleitorais, temos de deixar as estratégias políticas de 2022 para 2022, porque neste instante é gravíssima a situação brasileira e temos um real risco de colapso na rede hospitalar. Temos uma nova cepa da Covid surgindo, que é um vírus com transmissibilidade muito mais elevada, que tem aumentado o número de casos e também o tempo das internações. E essa nova cepa de vírus demonstra ser mais letal. A cada 100 pessoas doentes que entravam na UTI, a gente tinha no máximo 50% de óbitos. Agora, estamos chegando a 60% ou 70%. Aí, num momento destes, qual é o sentido de o presidente Bolsonaro divulgar nas redes sociais uma informação distorcida de que liberou um grande volume de recursos aos estados para o combate à pandemia, mas coloca lá também todas as transferências previstas na Constituição?

Leia o restante da entrevista aqui.

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