O parlamentar justifica que os trabalhadores dessas áreas correm grande risco de contaminação, pois estão em contato com grande quantidade de usuários dos serviços
Foto: Reprodução (Alepi) |
“O impacto da pandemia no Piauí é o mesmo que aconteceu no restante do país, com os trabalhadores ficando expostos. Eles trabalhavam como categoria essencial, mas não foram colocados como prioritários para a vacinação”, afirma o deputado estadual Cícero Magalhães (PT). Para o parlamentar, a vacinação de trabalhadores de setores como de supermercado e de farmácia deveria ser urgente, pois são áreas em que as pessoas não pararam, estão muito expostas ao vírus e não estão tendo a proteção necessária.
Mesmo com o início da vacinação, o parlamentar não vê melhora a curto prazo, pois “hoje nós estamos há mais de um ano numa pandemia e não vacinamos nem 12% da população com as duas doses”. E no caso dos funcionários do comércio, no Piauí, o deputado diz que a vacinação é insignificante, pois “estamos falando de uma categoria de mais de 25 mil trabalhadores no comércio. Você vacinar entre 400 e 500 pessoas, que foram os caixas, não vai ter um impacto positivo amplo”.
O deputado, junto com colegas de bancada, como João de Deus (PT), tenta agilizar a vacinação desses trabalhadores. “Essa solicitação já foi feita. Nós já estivemos na Fundação Municipal de Saúde, já foi protocolado um documento junto ao Conselho Municipal, que comanda as questões relativas à pandemia, fomos ao secretário estadual de saúde. Já fizemos incursões em todos os setores”, afirma Cícero Magalhães.
Dentro da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o deputado Francisco Limma (PT) deu entrada em Projeto de Lei no dia 17 de junho deste ano propondo que os trabalhadores dos setores de comércio e serviço fossem incluídos como prioridade no plano de imunização. Na proposta, estão inseridos os profissionais registrados no comércio varejista e atacadista de supermercados e hipermercados (cuja a principal atividade seja a venda de alimentos), trabalhadores de drogarias e farmácias, de atividades domésticas, de limpeza urbana, de serviços funerários e de necrotérios e de prestadores de serviço que atuem nos centros de saúde hospitalares. O parlamentar justifica que os trabalhadores dessas áreas correm grande risco de contaminação, pois estão em contato com grande quantidade de usuários dos serviços.
Cícero Magalhães compreende que ainda há outras dificuldades para esses trabalhadores, como a carga horária, pois estão no batente “de 7h até meia-noite”, e a dificuldade de ter acesso aos transportes coletivos. “Os trabalhadores dos supermercados, com a falta do transporte coletivo, chegam a dormir no local de trabalho. Os ônibus ainda conseguem ir a todos os bairros, mas depois da meia-noite, em alguns lugares, não entra mototáxi, táxi, uber. As pessoas, com medo, acabam ficando na loja”. (Alepi)
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