Rafael Fonteles apresentou sua mensagem anual na abertura da primeira sessão legislativa
Foto: Reprodução (Alepi) |
Ao apresentar nesta quinta-feira (02) sua Mensagem Anual na abertura da primeira sessão legislativa da 20a Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado, o governador Rafael Fonteles disse que pretende criar 80 mil empregos, contratar quatro policiais militares e construir 100 escolas de tempo integral até o final de sua administração. “Nosso desafio é criar laços, parcerias e união de forças por um Piauí forte e de futuro”, declarou.
Rafael Fonteles afirmou que a principal missão do seu Governo será cuidar do povo, priorizando os mais pobres, e assumiu o compromisso de fazer com que o Piauí passe a ter uma inclusão social, modernidade e prosperidade invejáveis a partir dos projetos que serão executados nos próximos anos e que envolverão todos os setores, como o meio ambiente, saúde, infraestrutura, segurança e educação.
Em seu pronunciamento, o governador enalteceu seus antecessores Wellington Dias e Regina Sousa, afirmando que deixaram como legado a redução da pobreza e pediu o apoio dos deputados federais e estaduais para poder executar seu Plano de Governo para melhorar ainda mais a qualidade de vida dos piauienses. Ele acrescentou que contará, também, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
TECNOLOGIA – Rafael Fonteles disse que pretende atrair empreendedores para realizarem investimentos no Estado, gerando emprego e renda, assinalando que o Piauí tem potencial para gerar empregos no setor de turismo. Ele afirmou que o Estado dará atenção especial à Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para ampliação do ensino de tecnologia da informação e de apoio às vocações produtivas.
O chefe do Poder Executivo detalhou como pretende contratar os novos policiais militares, dizendo que serão convocados este ano 1.600 aprovados no último concurso da Polícia Militar do Piauí e 800 homens a cada ano seguinte do seu Governo.
Ao falar no retorno do Programa “Minha Casa Minha Vida”, Rafael Fonteles pediu aplausos para o presidente Lula e prometeu reiniciar a construção de casas populares no Estado. Ele reafirmou a criação de novas secretarias como a de Proteção às Mulheres e de outros órgãos, incluindo as Superintendências de Igualdade Racial, e garantiu a proteção aos direitos das crianças, idosos e da comunidade LGBT e combate à fome.
“A era digital chegou”, disse Rafael Fonteles ao garantir que apoiará os microempresários com crédito e assistência técnica para acesso aos recursos tecnológicos, a fim de que dinamizem os seus negócios e gerem emprego e renda. Ele defendeu a democracia e o estado de direito e fez críticas ao Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao concluir seu discurso, Rafael Fonteles, que pediu aplausos, também, para a ex-governadora Regina Sousa, declarou que todos os seus projetos terão como base a educação e assegurou que duplicará o número de matrículas nas escolas com prioridade ao ensino técnico, inclusive na área da tecnologia da informação. “A educação traz justiça, desenvolvimento, paz e inclusão social”, ressaltou ele.
COLETIVA - Após a sessão, o governador Rafael Fonteles concedeu entrevista, no Salão Nobre Francisca Trindade, aos veículos de imprensa. Na ocasião, o chefe do Poder Executivo respondeu perguntas sobre temas como economia, educação, turismo e transportes.
Fonteles destacou que cumprirá a meta de construir 100 novas escolas de tempo integral, durante o seu mandato. “O Piauí possui 96 escolas de tempo integral na rede estadual de ensino. Pretendemos fazer mais 100. Ouvi do ministro Camilo Santana que haverá fomento para aumentar essa meta, mas a construção de escolas de tempo integral requer muitos investimentos. Então, deve haver segurança para se colocar uma nova meta no Plano Plurianual (PPA)”, analisou.
Sobre a questão dos transportes, o governador falou sobre o projeto Intermodal Vale do Parnaíba, que envolve infraestrutura de ferrovia, rodovia e hidrovia. Além do governo estadual, o projeto deve receber investimentos do governo federal e da iniciativa privada.
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TURISMO - Quando questionado sobre o potencial turístico do Estado, o governador pontuou que há necessidade de explorar o setor no Piauí para a geração de emprego e renda. “Há cidades na Europa que, isoladamente, conseguem receber anualmente mais visitantes do que os mais de 5 mil municípios do Brasil juntos. Trata-se de uma indústria que gera divisas e empregos. Vamos apostar na promoção do turismo com o apoio da Embratur e do Ministério do Turismo”, disse.
ALINHAMENTO - Questionado sobre a contribuição da Assembleia Legislativa do Estado na implementação das ações do Plano de Desenvolvimento do Piauí, o Governador Rafael Fonteles reforçou a harmonia entre os poderes. “Alinhamento não significa subserviência. O Poder Legislativo é independente, mas nas palavras de todos os deputados e do presidente Franzé Silva, a harmonia será preservada. O que esperamos é que o parlamento, como sempre o fez, aperfeiçoe as políticas públicas propostas pelo Executivo Estadual, além de propor soluções nas mais diversas áreas. Por isso, a relação tem que ser cada vez mais forte para conseguirmos equacionar o que a sociedade quer com o que o Estado pode prover”, disse.
PIB - Rafael Fonteles também falou que a meta do Governo do Estado para o Produto Interno Bruto (PIB). “A meta que eu trabalho é a meta acima da média Nordeste e acima da média Brasil. Há 20 anos estamos conseguindo isso, então vamos manter porque o Piauí tem vários potenciais de recursos que agora foram descobertos, na agricultura, na área ambiental, de energia limpa, na área de logística, com a nossa condição geográfica privilegiada. Nosso papel é acelerar e aproveitar as potencialidades para manter o PIB acima da média Nordeste, acima da média Brasil com a distribuição de renda. O Piauí, além de ter crescimento na economia, foi o Estado que melhor distribui renda, tanto que quando pegamos o indicador percentual da população que vive com menos de um salário mínimo, o Piauí está em segundo lugar no Nordeste. Ou seja, é uma população de renda média baixa, porém com menos gente miserável percentualmente falando. Claro que ainda temos uma população vivendo na pobreza, mas comparativamente falando, o Piauí foi o estado que mais evoluiu no país na questão da distribuição de renda”. (Por J.Barros/Andreia Sousa/Alepi)
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